Produção A forte queda de preços a partir de meados de 2017 e o quase concomitante aumento dos preços do milho e da soja trouxeram impacto negativo na rentabilidade do produtor de leite e consequente desestimulo a produção. O indicador RMCR (Receita Menos Custo da Ração), que tem grande correlação com a rentabilidade do produtor de leite, começa 2018 quase 20% abaixo do indicador de janeiro de 2017 Importações O mercado internacional segue volátil e com preços por volta de US$ 3.200/ton (cotação para o leite em pó integral), depois de mais um aumento nas cotações do leilão GDT. No leilão do dia 06/02/2018, a elevação dos preços médios foi de 5,9% e de 7,6% para o leite em pó integral, com um cenário de problemas climáticos e consequente redução na produção da Nova Zelândia. De qualquer forma, no curtíssimo prazo, a expectativa é de que as importações de lácteos sejam menos atrativas, principalmente em função dos baixos preços no mercado local. Preços atacado/demanda
O que se tem observado no mercado de venda de derivados da indústria aos canais varejistas é uma relativa estabilidade para os leites em pó e queijos e o início de uma reação para os preços do leite UHT (subiram quase 20 centavos/litro nas últimas três semanas). Falta de produto (em função da redução dos volumes de produção e também das margens negativas de venda) e recuperação crescente da demanda fazem o UHT “engatar” um ritmo de subida, puxando, inicialmente, o leite spot e, possivelmente, em um segundo momento (a partir do leite fornecido em janeiro), o leite ao produtor.
Assim, a conclusão é de que o pior momento de mercado já passou e a perspectiva é de subida de preços no atacado e ao produtor, com recuperação dos volumes de consumo. Bom sinal. |