SOBE LÁ, CAI AQUI
Enquanto no Brasil os criadores reclamam da queda do preço do leite pago pela industria, os lácteos fizeram o índice global de preços da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) voltar subir em outubro. O movimento global foi impulsionado por fatores como maior consumo de manteiga na União Europeia, elevando importações, e também alta nas cotações de queijos e leite em pó. Pelo lado da oferta, a FAO aponta queda constante de produção de leite na Europa e na Oceania, levando a uma previsão de mercado ainda mais apertado nos próximos meses.

O cenário mundial, no entretanto, pouco vai ajudar os produtores brasileiros, avalia a zootecnista Juliana Pila, analista de leite da Scot Consultoria.

- Isso pode diminuir as importações brasileiras, mas falta muita coisa para melhorar na cadeia – sustenta Juliana.

A especialista lembra que, ao mesmo tempo, o Brasil está no período de maior produção, que se prolonga até janeiro, o que deve impedir melhor remuneração para os pecuaristas. Juliana ressalta que ainda é preciso esperar para ver se será eficaz a medida do Ministério da Agricultura que proibiu, no mês passado, a reidratação de leite em pó importado no Noroeste, Espírito Santo e norte de Minas Gerais.

 

Fonte: Zero Hora/14 nov.